Na vivenda dos meus sonhos
Nas recomendações dos meus fantoches,
Vejo sobressaltada o meu amor,
A nova criação das povoações.
E reencostada nas fulgurantes torres
Reajustada às interrogadas cores.
Corro pelo manto de tulipas,
Designando-me rainha de um império.
Que rico império!
O amor dos meus sonhos,
A pura fantasia provinda do ócio,
E jogada ao oceano da Odisseia sem sereias.
E sentada no farol dos meus sonhos
Nos oceanários de flora ao vivo,
Espreito a beleza do sorriso,
Oculto um leve riso por o ter visto.
E sem querer dar por isso,
Deu-me um aperto no coração
Por fingir não o amar,
Por enganar-me, entretanto sonhando.
Mas dos meus sonhos não me separo
Nem da sensação com que me deparo,
E tentado ver construções,
A Natureza em sintonia,
Deixou-me prender pela fantasia,
A leve dilatação da alegria.
Ivone Neto
(Escrito em 1999)
acordei desalmada
Há 9 anos
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