2008-08-25

TÃO LONGE DE TI

(Dedicado ao meu padrinho, aos meus avôs, e a todos os que longe de mim estão)

Mesmo longe de ti,
Consigo sentir o teu abraço,
Ver nos teus olhos a esperança
A brilhar a vitória
E, o ofuscante pôr do sol ao longe.

Mesmo longe de ti,
Vejo as searas de cevada e trigo,
Crianças a brincarem sem tino,
Corações verdes,
Verdes como a copa das oliveiras.

Mesmo longe de ti,
Sei que é contigo que sempre vou estar.
Porquê que me deixaste?
Porquê que longe estás de mim?
E não me deixas entrelaçar
Os meus dedos nos teus?

Tão longe de mim estás,
Que tenho dias que choro
De saudades, de tão longe
O meu pensamento estar
Perdido na vastidão das tuas caminhadas.

Mesmo longe de ti
Continuo a pensar em ti,
Porque nunca o esquecimento
Há-de tirar o brilho dos teus olhos
Quando me vias a correr em direcção a ti.

(Escrito a 24/08/2008)

2008-08-12

HÁ SEMPRE ESPERANÇA

O mundo gira
As guerras não param,
Jogos políticos
Feridas que não saram,
E tudo para quê?
Poder, dinheiro,
Tudo para nada.
O mundo rodopia,
A solidão aumenta
A poluição destroi,
E tudo para quê?
Escravidão, inércia,
O último suspiro.
O mundo não para,
O medo ofusca a coragem,
Afasta-nos da verdade,
E tudo para quê?
Para apreendermos,
Para sabermos
Dar valor à vida.
O mundo gira,
E meu coração grita,
De esperança
De alegria
Porque o mundo é lindo,
Porque tu és a luz,
E há sempre esperança.

(Escrito a 02/08/2008)

2008-08-01

ODEIO-TE TANTO

Odeio quando me ignoras
Ando à nora quando penso em ti
E nem sei porquê
Não consigo de deixar de o fazer.

Odeio o teu silêncio
Vagueio na minha indecisão
E nem sei porquê
Que continuo a perder tempo em vão.

Odeio-te
Quando secretamente gosto de ti
E nem sei porquê
Não consigo de deixar de o sentir.

Porquê que me odeias?
Odeias-me tanto que tanto me ignoras
E nem sei porquê
Odeio-te tanto de tanto gostar de ti.

(Escrito a 31/07/2008)