2006-01-11

QUEM SOU EU???

Quem sou eu???
Quem sou eu?
Um ser calado que parece não existir,
Um poço de nervosismo,
Ser confuso, complicado e, enfim
Com nada de valor…
Quem sou eu quando grito?
Quem sou eu quando deito um alívio de só
Neste meu mais mundo esquisito.
E é neste mundo que choro,
Que sinto saudades, que fico triste e, enfim…
Até sinto vontade de me ir.
Quem sou eu quando fico alegre?
Quem sou eu quando perco a paciência?
Um jogo de ideias, de fantasias
Que com o tempo ficam sem sentido.
E é assim que ninguém me percebe,
Compreende e, enfim acham-me um caso perdido.
Mas quem sou eu?
Quem é o eu que vive por detrás dos outros eus?
Talvez eu seja como uma lágrima perdida
No oceano sem destino certo.
Mas afinal quem é que tem um destino certo?!
Terá a vida um sentido,
Quando não sabemos o que somos?
Quem sou é um segredo colorido
Que só a morte poderá revelar.
Quem sou eu?
O que sou é conforme onde estou,
Conforme as voltas que dou.
A certeza que tenho,
Que nem certeza é!, é o amor,
É o amor que sinto por ti.
E quando penso nesses teus olhos,
Nesses teus lábios e, enfim…nesse teu jeito
Dá-me vontade de viver e vencer,
Porque tu, porque tu és especial.

Ivone Neto

POEMA DE FERNANDO PESSOA

"Sonhos dentro de sonhos,
Involuções do sonhar,
Os pensamentos são medonhos
Quando se querem aprofundar;
E os corações ficam tritonhos, tristonhos,
Quando se sentem sentir pensar.

Ilusões dentro d' ilusões
Atormentando o descrer;
Descrenças e crenças são ambas visões
São ambas sonhar, são ambas crer."

Fernando Pessoa (14-12-1908)

2006-01-10

As Alfarrobeiras do nosso Algarve




Relativamente à agricultura em Portugal, acho que existem assuntos que merecem uma certa reflexão apoiadas no pensamento de bem-estar para com o povo português. De certo o nosso Ministro da Agricultura não tem tempo para pôr-se a pensar em coisas tão tolas como as alfarrobas, figos, amêndoas, etc. Digo isto porque sou algarvia e sinto na pele, por assim dizer, estes problemas. Isto porquê? Porque é bem óbvio que o nosso Ministro, que tinha obrigação de saber, não tudo, mas quase tudo acerca da agricultura, pouco sabe, e então não percebe que existem pessoas que não vivem, mas sobrevivem à custa dela.Falando concretamente no caso da Alfarroba, que muitos não sabem o que é, visto que em Portugal só existe no Algarve, o seu preço tem tido uma quebra nos últimos anos, sendo que cada vez existem menos compradores o que dificulta ainda mais a situação. Actualmente o preço da alfarroba situa-se nos 7 euros à arroba ( 15 kg), sendo que à volta de 5 anos chegou a estar a 10 euros. Não digo que deva haver subsídios, mas sim que o Estado controle os preços, para que haja uma garantia para os agricultores que vendem as alfarrobas, isto é, estabelecer um preço mínimo, como por exemplo 15 euros.Muitos perguntam-se, o que tenho eu haver com isso? Para que serve afinal a alfarroba?. A alfarroba é um produto que não existe há venda assim como a amêndoa ou o figo nos supermercados, contudo não deixa de ser importante.Descrevendo a alfarrobeira, ela pertence à família de leguminosas. Teve origem na Arábia e na Síria, espalhando-se pelo mediterrâneo, ou seja na Espanha e em Portugal. A árvore tem entre 5 a 15 m de altura, 10 a 25 m de copa e 4 a 9 m de tronco. É entre Agosto e Setembro que se dá a apanha de alfarrobas. O fruto é uma vagem descendente de 10 a 27 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura. Possui de 10 a 17 sementes. Durante muitos anos a alfarroba foi utilizada como alimento para o gado.A polpa é doce, servindo para bolachas, biscoitos, produtos dietéticos, aguardentes, licores, ração de gado, chocolate, gelados, enfim n coisas. As sementes fornecem gomas com aplicação industrial, alimentar, têxtil, papel, farmacêutica. A alfarroba dá para fazer pão, e também existe mel de alfarroba.Escrevo como fim de informar as pessoas um pouco mais sobre a agricultura, mais concretamente sobre a alfarroba. Acho que há que incentivar a agricultura portuguesa, e a indústria baseada na agricultura. Sendo que Portugal produz amêndoas por exemplo não se deveria importar amêndoas de outros países como França.Mais uma vez digo que não se deveria importar um produto, se conseguimos produzir o mesmo produto no nosso país e, se até produzimos com mais qualidade. Muito há para escrever sobre a agricultura, dava para escrever um livro do que vai mal neste país; por isso mesmo foquei-me mais no caso da alfarroba, que é o que conheço melhor.

Ivone Neto

WY DREAMING?

Why dreaming?
I dream awake
for ever lost in this life,
I dream with you,
A impossible dream lost in the air.
For you I fell nothing but love
Nothing but hope.
Wanting for you,I dream beliving
That everthing is a dream
That everything must end.
And why did I dream with you
If you can not see me?
If I can not even fell you.
I dream awake
For ever lost in your thought.
I dream alone
Wainting for someone
Wainting for love to wake me up.

THERE ARE DAYS

There are days
That I cannot focus,
That I cannot think,
Days that I cry
And try to blend my self away.
But all of my fears
Are nothing comparing to the suffering
Of many people,
You have nothing to eat,
You have no peace.
Sometimes I pray
To justice and a better place
Were we could all be happy.
But straggly it is a utopia.
Still, I continue dreaming
Believing that the solution is each of us.

SOMETIMES I THING...

Sometimes I think
Why is life so insightful?
If sometimes I think, other times being
What I am, I know I am lost.
That I am lost in a love without hope,
Lost with no reason in this world without force,
And wanting, I am nothing,
Knowing I am only dust,
An angel with no love.
With no love I think
I cannot live,
Who knows maybe is better to suffer by love
That never fell love at all.
Sometimes I think
Why do I love you?
I can never tell…
But the only thing I know
Is that I only see you in my dreams.