2008-03-26

PERDOAS-ME

Nesta vida o que incessantemente procuro,
É a via de resposta ao meu desespero,
À minha afastada sensação de nada ser puro
E de não puder ter ido ao teu enterro.
Milagrosamente sobrevivo, sem te ver,
Sem ver o olhar alegre com que me acenavas,
Sem tocar nas tuas folhas de escrita perfumadas.
Mas mesmo assim foste embora!
Sem me dar um beijo,
Sem me deixar deitar para fora,
O que tanto me sufocava e não querias ouvir.
Quero tanto te voltar a ver!
Mas não consigo,
Esqueci-me da tua imagem,
Da tua dura clinagem.
Perdoas-me!!
Por não te conseguir ouvir,
Perdoas-me!!!
Por não te conseguir reconhecer.

[Escrito a 19/06/2000, no dia em que fiz o exame de Português do 12º ano.]

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